quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Filomena


Até aí, como se vê, tudo podia ocorrer no domínio dos fatos puramente

físicos e fisiológicos. Sem sair desse círculo de idéias, havia

matéria para estudos sérios e dignos de fixar a atenção dos sábios.

Por que isso não aconteceu? É lamentável dizer, mas isso se prende

a causas que provam, entre mil fatos semelhantes, a leviandade do

espírito humano. Por se tratar de um objeto comum, no caso a mesa

que serviu de base às primeiras experiências, provocou a estranheza

e a indiferença dos sábios. Que influência, muitas vezes, não tem uma

palavra sobre as coisas mais sérias? Sem considerar que o to poderia ser dado a um outro objeto qualquer, a idéia das mesas

prevaleceu, sem dúvida, porque esse era o objeto mais cômodo e ao

redor de uma mesa as pessoas se sentam com mais naturalidade do

que ao redor de qualquer outro móvel. Portanto, os homens de inteligência

superior são, algumas vezes, tão pretensiosos que não seria

nada impossível considerar que inteligências de elite tenham acreditado

que se rebaixariam caso se ocupassem daquilo que foi convencionado

chamar a dança das mesas. É mesmo provável que se o fenômeno

observado por Galvani o tivesse sido por homens comuns e

ficasse conhecido por um nome simples, ainda estaria rebaixado ao mesmo

plano da varinha mágica. Qual é, de fato, o sábio que não teria

julgado uma indignidade se ocupar da dança das rãs?Entretanto, alguns sábios, bastante modestos por admitir que a

natureza poderia muito bem não lhes ter dito sua última palavra, quiseram

ver, para tranqüilizar as suas consciências. Mas aconteceu que

o fenômeno nem sempre correspondeu à expectativa que tinham, e

como o fato não se produziu conforme a sua vontade e segundo seu

modo de experimentação, concluíram pela negativa.



4 comentários:

  1. Filomena
    Apesar do que
    decretaram, as mesas continuaram a girar, e podemos dizer como
    Galileu: “Todavia elas se movem!” Diremos mais: “É que os fatos se
    multiplicaram de tal modo que hoje têm direito à cidadania e que não se
    trata senão de achar-lhes uma explicação racional”.
    Pode-se deduzir algo contra a realidade de um fenômeno pelo fato
    de ele não se produzir de um modo sempre idêntico, atendendo à vontade
    e às exigências do observador? Acaso não estão os fenômenos da
    eletricidade e da química também subordinados a certas condições?
    Deve-se negá-los porque não se produzem fora dessas condições? Portanto,
    não há nada de surpreendente em que o fenômeno do movimento
    dos objetos pelo fluido humano também tenha suas condições para se
    realizar e deixe de se produzir quando o observador, colocando-se em
    seu próprio ponto de vista, pretende fazer com que ele se realize conforme
    o seu capricho ou submetê-lo às leis dos fenômenos conhecidos,
    sem considerar que para os fatos novos pode e deve haver novas leis?
    Portanto, para conhecer essas leis é preciso estudar as circunstâncias
    em que os fatos se produzem, e esse estudo só pode ser fruto de uma
    observação perseverante, atenta e às vezes muito longa.
    Mas algumas pessoas alegam que muitas vezes há fraudes evidentes

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  2. Em primeiro lugar, devemos perguntar se estão bem certas disso e
    se não tomaram por fraudes os efeitos que não conseguiram entender,
    como o camponês que confundiu um sábio professor de física realizando
    experiências como um mágico habilidoso. Mas, mesmo supondo que a
    fraude pudesse acontecer algumas vezes, seria razão para negar o
    fato? Deve-se negar a física porque há ilusionistas e mágicos que dão
    a si mesmo o título de físicos? Aliás, é preciso levar em conta o caráter
    das pessoas e o interesse que podiam ter em enganar. Então seria
    um gracejo? Admite-se que uma pessoa possa se divertir por um instante,
    mas uma brincadeira indefinidamente prolongada seria tão cansativa
    para o mistificador quanto para o mistificado. De resto, numa
    mistificação que se propaga de um lado a outro do mundo e entre
    pessoas mais sérias, mais veneráveis e mais esclarecidas, haveria
    algo tão extraordinário quanto o próprio fenômeno."

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  3. 4. O MÉTODO"

    "Se os fenômenos de que nos ocupamos ficassem restritos ao movimento
    dos objetos, estariam dentro, como dissemos, do domínio das
    ciências físicas. Mas não foi isso que aconteceu: estavam destinados
    a nos colocar no caminho de fatos de uma natureza estranha. Acreditou-
    se descobrir, não sabemos por iniciativa de quem, que a impulsão
    dada aos objetos não era somente produto de uma força mecânica
    cega, mas que havia nesse movimento a intervenção de uma causa
    inteligente. Esse caminho, uma vez aberto, revelou um campo totalmente
    novo de observações: era o véu levantado de sobre muitos
    mistérios. Há, de fato, um poder inteligente? Essa é a questão. Se
    esse poder existe, qual é ele, qual é a sua natureza, sua origem? Ele
    está acima da humanidade? Essas são as outras questões decorrentes
    da primeira.
    As primeiras manifestações inteligentes aconteceram por meio de
    mesas se levantando e batendo, com um dos pés, um número determinado
    de pancadas e respondendo desse modo sim ou não, segundo fora
    convencionado, a uma questão proposta. Até aí, não havia nada de convincente
    para os céticos, porque se podia acreditar num efeito do acaso.
    Obtiveram-se, em seguida, respostas mais desenvolvidas por meio
    das letras do alfabeto: o objeto móvel, batendo um número de vezes
    correspondente ao número de ordem de cada letra, chegava a formular
    palavras e frases respondendo às perguntas propostas. A precisão das
    respostas e sua correlação com a pergunta causaram espanto. O ser
    misterioso que assim respondia, quando interrogado sobre sua natureza,
    declarou que era um Espírito ou gênio, deu o seu nome e forneceu
    diversas informações a seu respeito. Aqui há um fato muito importante que convém ressaltar: ninguém havia imaginado os Espíritos como um
    meio de explicar o fenômeno. Foi o próprio fenômeno que se revelou.
    Muitas vezes, nas ciências exatas, formulam-se hipóteses para se ter
    uma base de raciocínio, mas isso não ocorreu nesse caso.

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  4. JESUS É O EXEMPLO

    Os homens, em sua grande maioria, acusam a violência, mas nada fazem para expulsar as reações violentas dos seus atos. Empregam, constantemente, violência nos seus julgamentos, nas suas palavras, esquecendo-se, apesar de se dizerem cristãos, dos exemplos de mansuetude de Nosso Mestre Jesus.

    A maior culpa de termos o nosso planeta Terra repleto de violência cabe a cada homem que não se compenetrou de que o Evangelho de Jesus deve ser o roteiro dos nossos dias. Se nos lembrarmos de cumprir o mandamento nele contido de amar os inimigos, com toda certeza eliminaremos o negativismo que campeia em nossos dias.

    O problema do medo e da insegurança reside na falta de compreensão de que o destino de qualquer espírito é evoluir infinitamente para a perfeição.

    A fim de que nossos passos sejam firmes e seguros, não nos esqueçamos: Jesus é o Exemplo.

    Bezerra de Menezes

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