quinta-feira, 29 de julho de 2010


O Cooperador Imagina-te à frente de um violino. Instrumento que te espera sensibilidade e inteligência, atenção e carinho para vibrar contigo na execução da melodia. Se o tomas de arranco, é possível te caia das mãos, desafinando-se, quando não seja perdendo alguma peça. Se esquecido em algum recanto, é provável se transforme em ninho de insetos que lhe dilapidarão a estrutura. Se usado, a feição de martelo, fora da função a que se destina, talvez se despedace. Entretanto, guardado em lugar próprio e manejado na posição certa, como a te escutar o coração e o cérebro, ei-lo que te responde com a sublimidade da música. Assim, igualmente na vida, é o companheiro de quem esperas apoio e colaboração. *Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo, se lhe buscas o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível te escape da área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho. Se largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências claramente infelizes, capazes de lhe envenenarem a alma. Se empregado por veículo de intriga ou maledicência, fora das funções edificantes a que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo. Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se mobilizado na posição certa, como a te receber as melhores vibrações do coração e do cérebro, ei-lo que te corresponde com a excelência e a oportunidade da colaboração segura, em bases de amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida. *Pensemos nisso e concluiremos que é impossível encontrar cooperadores eficientes e dignos, sem indulgência e compreensão.* * *Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade

2 comentários:

  1. E.S.E - CAP: XVI, SERVIR A DEUS E A MAMON.

    *
    Instruções dos Espíritos - A Verdadeira propiedade item 9, parágrafo 1º
    PASCAL - Genebra, 1860

    O homem não possui como seu senão aquilo que pode levar deste mundo.
    O que ele encontra ao chegar e o que deixa ao partir, goza durante sua pe-
    rmanência na Terra; mas, desde que é forçado a deixá-los, é claro que só
    tem o usufruto, e não a posse real. O que é, então, que ele possui? Nada
    do que se destina ao uso do corpo, e tudo o que se refere ao uso da alma:
    a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Eis o que ele traz e
    leva consigo, o que ninguém tem o poder de tirar-lhe, e o que ainda mais lhe
    servirá no outro mundo do que neste. Desde depende estar mais rico ao
    partir do que ao chegar neste mundo, porque a sua posição futura depende
    do que ele houver adquirido no bem. Quando um homem parte para um país
    longínquo, arruma a sua bagagem com objetos de uso nesse país e não se
    carrega de coisas que lhe seriam inúteis. Fazei, pois, o mesmo, em relação à
    vida futura, aprovisionando-vos de tudo o que nela vos poderá servir.

    E.S.E - por ALLAN KARDEC -
    tradução de José Herculano Pires

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  2. E.S.E capítulo V Bem-Aventurados os Aflitos
    Item 24, parágrafo 1 e 2 - A VERDADEIRA DESGRAÇA
    Delphine de Girardin - Paris, 1861

    – Todos falam da desgraça, todos a experimentaram e julgam conhecer
    o seu caráter múltiplo. Venho dizer-vos, porém, que quase todos se eng-
    anam, pois a verdadeira desgraça não é, de maneira alguma, aquilo que
    os homens, ou seja, os desgraçados, supõem. Eles a vêem na miséria, na
    lareira sem fogo, no credor impaciente, no berço vazio do anjo que antes
    sorria, nas lágrimas, no féretro que se acompanha de cabeça descoberta
    e coração partido, na angústia da traição, na privação do orgulhoso que
    desejava vestir-se de púrpura e esconde sua nudez nos farrapos da vaida-
    de. Tudo isso, e muitas outras coisas ainda, chamam-se desgraça, na lingua-
    gem humana. Sim, realmente são a desgraça, para aqueles que nada vêem
    além do presente. Mas a verdadeira desgraça está mais nas conseqüências
    de uma coisa do que na própria coisa.
    - Dizei-me se o mais feliz acontecimento do momento, que traz funestas
    conseqüências, não é, na realidade, mais desgraçado que aquele inicia-
    lmente aborrecido, que acaba por produzir o bem? Dizei-me se a tempe-
    stade, que despedaça as árvores, mas purifica a atmosfera, dissipando
    os miasmas insalubres que poderiam causar a morte, não é antes uma
    felicidade que uma desgraça?
    Para julgar uma coisa, é necessário, portanto, ver-lhe as conseqüências.
    É assim que, para julgar o que é realmente feliz ou desgraçado para o
    homem, é necessário transportar-se para além desta vida, porque é lá
    que as conseqüências se manifestam. Ora, tudo aquilo que ele chama
    desgraça, de acordo com a sua visão, cessa com a vida e tem sua com-
    pensação na vida futura.

    (E.S.E por Allan Kardec - tradução de José Herculano Pires

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